



Não existe átomo, molécula ou célula que não seja a própria manifestação do divino. O divino é parte intrínseca a nossa composição. A percepção de separatividade desse príncipio é uma distração em relação ao real potencial transformador. A pantera vermelha representa esse potencial sanguíneo, as cobras - a purificação, a balança - o equilíbrio, o arco e flecha - os objetivos, e a adaga - o pensamento. As tríades são a representação dos ciclos e dos estados possíveis da realidade: criação, manutenção e dissolução.




Auto-decapitadora do ego, Ela é aquela que através de sua dança ensina o ceifar do controle, quebrando a linearidade do pensamento. De seu corpo jorram três feixes de sangue e eles são a visceralidade da transcendência imanente sobre o conhecimento, a vontade e a ação. Superando o ego, ela alimenta a sua sede de si mesma, transcendendo e nutrindo suas paixões e desejos.




Ela é a escuridão primordial, o vazio e o absoluto. Do seu caldeirão vibra o som primordial, e o seu corpo é toda a manifestação. Sua chama dá origem à tudo que existe, e também é Ela quem arranca as árvores pelas raízes, Ela é a que tudo devora. Ela é a morte - a destruidora de ilusões. Sua oferenda é o êxtase supremo da verdade.







